Quando falamos em segurança da informação na nuvem, não basta aplicar boas práticas técnicas isoladas. É importante seguir referências reconhecidas no mercado — aquelas que foram construídas a partir de estudos, padrões internacionais e milhares de casos reais.
Entre essas referências, três se destacam:
Mas, afinal, o que são esses frameworks? Como aplicá-los na prática — e, principalmente, como usá-los no ambiente Azure?
Vamos por partes.
NIST: Conjunto de diretrizes de segurança publicado pelo governo dos EUA. Seu principal foco é o gerenciamento de riscos. O documento mais utilizado é o NIST SP 800-53, com controles que cobrem desde o acesso até a resposta a incidentes.
ISO/IEC 27001: Norma internacional que define como um Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI) deve ser estruturado. Ela foca mais na governança, políticas e processos do que em tecnologia em si.
CIS Benchmarks: São guias práticos com configurações recomendadas para proteger sistemas específicos, como Windows Server, Linux, Azure, AWS etc. Eles vão direto ao ponto: “habilite isso, desative aquilo”, com instruções técnicas claras.
O Azure oferece ferramentas que já trazem esses frameworks integrados. Aqui estão os principais caminhos:
O Azure Security Benchmark (ASB) é baseado no CIS, NIST e ISO 27001. Ele funciona como um “checklist automatizado” que verifica se seu ambiente está configurado conforme as melhores práticas.
Você pode ativar esse benchmark diretamente no Microsoft Defender for Cloud.
O Defender for Cloud traz iniciativas de conformidade prontas, incluindo:
Cada iniciativa analisa seu ambiente e mostra os controles atendidos, não atendidos e em progresso.
Com o Azure Policy, você pode aplicar regras que bloqueiam ou corrigem configurações fora do padrão. Exemplo: impedir a criação de VMs públicas sem autenticação, ou forçar o uso de criptografia.
Com base nos frameworks, é possível criar alertas automáticos e playbooks para correções. Assim, sua empresa não só segue os padrões — ela também responde rapidamente a qualquer desvio.
Comece pequeno. Escolha um benchmark (como o Azure Security Benchmark), aplique no Defender for Cloud e revise os controles mais críticos. Com o tempo, você pode personalizar as políticas de acordo com a realidade do seu ambiente.
Seguir frameworks como o NIST, ISO 27001 e os Benchmarks do CIS não é só sobre “ficar em conformidade” — é sobre construir um ambiente seguro, confiável e preparado para os riscos modernos.
O Azure já oferece ferramentas para facilitar esse processo. A chave é entender os princípios por trás dos frameworks, adaptar ao seu contexto e manter uma postura de segurança contínua.
Se você está trilhando esse caminho agora, comece com o básico, revise os alertas, e evolua aos poucos. Segurança é uma jornada — e seguir referências sólidas é sempre o melhor começo.
Se algo não ficou claro ou você quer se aprofundar, deixe sua pergunta nos comentários.
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